Por você
Quem sou sem você
Sou noites sem luar
Estrelas sobre nuvens
Tempestade sem recuar
Canção sem entender
Perigo sem te avisar
Universo sem infinito
Sol sem aquecer
Morte sem perceber
Impacto sem o atrito
Choque sem o tombo
Caminhos em lenta ré
Resto poeira escombro
A Guerra isolando a fé
Sou uma primavera morta
Jardim de plantas murchas
Deserto sem clamar chuvas
Sou as setas fazendo curvas
E nos passos certos entorta
Sou Derrota fatalidade
Castelo que abriga horror
Do nada agindo terror
Pela intriga a fiar maldade
A luz sem luzir
Coluna que não sustenta
Haste que não se aguenta
Telhado sem cobrir
Som qual eco a reter
Neve mórbida e fria
A Selva sem a trilha
Texto sem içar saber
E Sou a Paz em conflito
O Amor sem a Direção
Sem ação sou negação
Camuflando suave grito
A lágrima que não rola
O Sorriso que se prende
Barbante que se embola
Fone que não te atende
Sou ventos que destrói
Eu sou a casa sem saída
Eu sou uma venda falida
Ruina que a mim constrói
Sem você eu sou nada
Ovelha rogando água
Tristeza trazendo mágoa
Esperança sendo tapada
Alegria sem ter o rosto
Coração sem o palpitar
Sou fogo sem se abrasar
Razão a saudar desgosto
Pois você é um espelho
Meu guia meu conselho
Que refletem a esperança
Vida boa lenta e mansa
Felicidade como sorriso
Qual a Paz de uma Formiga
Que labuta não se cansa
E semeia em tudo o riso
De fé a mente se irriga
Incitando este meu porquê
Ao sol colorindo neste chão
O Meu ser a pulsar Coração
Neste eterno se dar por você