PARTIDA

É tempo de partir. Talvez o vento me ouça.

Talvez o dia se apague... talvez...

É tempo de partir. Não ouço mais o vento,

Não ouço a chuva. Lá fora o dia já não ilumina.

Quantas vidas terei? Quantas partidas?

Estamos sempre partindo e quase nunca chegando.

O mar, que marulhando estava, congelou uma onda.

No alto da montanha, a neve ficou imóvel, não quis descer.

Na hora da partida, o mundo para, nada faz sentido,

Por que par timos?

Partir é assim: a gente se se pa ra, se a fas ta.

Partir nunca é alegre, ninguém gosta.

Então, porque par ti mos?

Por que nossos braços não abraçam, nossos beijos não aquecem?

O beijo da partida é tão frio, insonso, sem graça.

Já sei... Não vou mais partir.

De agora em diante, só vou chegar,

Só vou abraçar, beijar... acariciar.

O vento vai voltar a me ouvir,

A chuva vai me molhar e a neve vai cair

maaannn-saaaaaa-mmmeeeeeeen-teeeeeeee

e tudo não passará de um pesadelo...

Fortuna
Enviado por Fortuna em 02/04/2016
Reeditado em 12/04/2016
Código do texto: T5593130
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