PARTIDA
É tempo de partir. Talvez o vento me ouça.
Talvez o dia se apague... talvez...
É tempo de partir. Não ouço mais o vento,
Não ouço a chuva. Lá fora o dia já não ilumina.
Quantas vidas terei? Quantas partidas?
Estamos sempre partindo e quase nunca chegando.
O mar, que marulhando estava, congelou uma onda.
No alto da montanha, a neve ficou imóvel, não quis descer.
Na hora da partida, o mundo para, nada faz sentido,
Por que par timos?
Partir é assim: a gente se se pa ra, se a fas ta.
Partir nunca é alegre, ninguém gosta.
Então, porque par ti mos?
Por que nossos braços não abraçam, nossos beijos não aquecem?
O beijo da partida é tão frio, insonso, sem graça.
Já sei... Não vou mais partir.
De agora em diante, só vou chegar,
Só vou abraçar, beijar... acariciar.
O vento vai voltar a me ouvir,
A chuva vai me molhar e a neve vai cair
maaannn-saaaaaa-mmmeeeeeeen-teeeeeeee
e tudo não passará de um pesadelo...