UM AMOR PURO LXIII
... é bom
saber distinguir as sinfonias
sem conhecer os dedos de quem toca
o instrumento
ou de quem
compõe a canção,
senão é quebrado
o equilíbrio da sublimidade
da obra concretizada;
egos e arrogâncias
são como aroeiras cheias de cupins
em seus interiores
ocos;
parecem fortes,
mas gemem abrindo as pernas
com um simples
sopro.