UM AMOR PURO XLVII

... claro que
ela é da vida, da morte
é que ainda não é,

a rosa,
falo da rosa,
da rosa dos ares e dos mares,

da rosa de agosto
dos outros pássaros,

a rosa,
aquela rosa que, de mão em mão,
roça as virilhas dos poetas e dos velhos
soberbos

que se separavam
em cômodos distintos, pela modo que pronunciavam
as palavras,

mas sempre
com o mesmo fim objetivado:
comer a rosa;

sim, falo da rosa,
caralho, da rosa dos cravos, dos anjos,
dos escravos, dos urubuzinhos

e dos velhos putos
punheteiros.
Péricles Alves de Oliveira (Thor Menkent)
Enviado por Péricles Alves de Oliveira (Thor Menkent) em 02/04/2016
Reeditado em 02/04/2016
Código do texto: T5592635
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2016. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.