UM AMOR PURO XII
“... não sei o que
ainda faço aqui. O que estou fazendo
comigo, meu Deus?”,
disse
ela ao cão Thor Menkent;
e eu cá,
em silêncio, pensando
a mesma coisa,
já que
tanto me mostrou o que
nunca pedi nem quis
ver:
seus mares abertos
com velejadores sempre obesos,
tensos e hasteados,
seus ares
com heróis contados
como se fossem concretamente
imbatíveis
e seus anjos
dourados que, traindo a suas esposas
com ela em webs cans,
espirravam-lhe
luzes, honras e sêmens
na cara.