UM CORAÇÃO PURO XXVII

… não fossem
esses neons sapiens acesos por aí
diuturnamente,

seria sempre
sublimemente escuro às noites
nossas;

e nelas,
fazendo-nos um só,
e a tudo que nos aprazesse no universo
ou além dele,

é que
eu iria te amar,
sem mais nenhuma reverberação
de sóis alheios,

sem nenhum canto
de anuciação de passarinhos ou de anjos
estrangeiros,

mas sim,
tão somente eu, tu
e tudo que só para nós, egoisticamente
(porque o amor a isso exige),
nos dermos.
Péricles Alves de Oliveira (Thor Menkent)
Enviado por Péricles Alves de Oliveira (Thor Menkent) em 30/03/2016
Reeditado em 30/03/2016
Código do texto: T5589843
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