UM CORAÇÃO PURO XXVII
… não fossem
esses neons sapiens acesos por aí
diuturnamente,
seria sempre
sublimemente escuro às noites
nossas;
e nelas,
fazendo-nos um só,
e a tudo que nos aprazesse no universo
ou além dele,
é que
eu iria te amar,
sem mais nenhuma reverberação
de sóis alheios,
sem nenhum canto
de anuciação de passarinhos ou de anjos
estrangeiros,
mas sim,
tão somente eu, tu
e tudo que só para nós, egoisticamente
(porque o amor a isso exige),
nos dermos.