CORAÇÃO PURO XXII
... instante sublime,
eu te olhava quieto e tu, do mesmo jeito,
a mim;
o tempo
fugia e não percebíamos,
parados ali, de frente um para o outro,
com os demais pardais
em euforia;
até que
começamos nos dar de novo
boas tardes, boas noites
e bons dias,
até que,
magicamente, enquanto nos amávamos
uma vez mais, via teu coração
puro,
e o meu,
apesar do momento conturbado
em que vivo, sorria.