ACORRENTADOS
Prisão sem grades!
Sentimentos ilhados
Que, não podem fugir,
Sentença proferida
Sem defesa prévia.
Assim é o julgamento
Do coração de quem ama;
Tão culpado tão inocente.
Infiel amante
Que a todos encanta,
E, não é de ninguém.
Ilusionista das paixões,
Que se esconde
Por trás de um olhar
Que já brilhou demais,
E se tornou opaco
Perdido nas estradas
Que se tornaram desertas,
Na hora da partida.
Assim é o amor!
Não tem tempo certo,
Às vezes se torna
Incerto durante o seu curso
De imprevisível Destino;
Que nos faz prisioneiros
Dos seus caprichos;
Acorrentados pelo abstrato
Desejo da renúncia.