Voz
Tua voz rompeu o estalo
Que divaga mentes soberano
Não doce cântico lunar
Não impetuoso trovoar
Inibiu atmosfera altiva
Dona do tom
Liberta o som
Que apossa o solo
Com seu firme ambientar
Até que tudo seja descanso
E repousar sonolento
De pesadelos sob o sol
E contrações dos soluços
Em manhãs de todo frio
E noites do ânimo petrificado
Tua voz estilhaça o vidro
Sangrada esperança
Recolhe teus cacos
Vitrais não será
Levanta à voz do amado
Vem dias de pluma
Sobre a voz
Que domina o agitar
Do coração doido
E que seja colo
E calmaria
Por Débora Peixoto