saudade de amor
a saudade não nos engana
sua chegada
faminta e soberana
só traz sedes gigantes
no vinho carraspana
amantes mais que antes
achamorrados
carente
e assim, sofrente
de dentes cerrados
não mais que de repente
já de olhos vergados
mira o mundo à frente
e se põe novamente enamorado
e nesta ciranda de querer o par
num coração desocupado
é que se tem saudade de amar...
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
22/03/2016, 08’11” – Cerrado goiano