Cegueira

Quem já não foi um cego a tatear pelo amor?

Alheio as coisas, mendigo de carinhos.

Sangrando, nada de bálsamo, apenas a dor.

O repúdio, que coisa sofrida a um peito que ama.

Que lição tortuosa, custosa de entender.

Que a cada vez que o coração despedaçava.

Formava uma cicatriz partes de um mapa.

Que hoje transformamos em poesia.