Feitos de amor
Pedras sobre o chão, àrvores dispersas
Leitos secos e fendidos
Amor em aluvião, somente as guerras
O homem tem defendido.
Longe, muito longe se ouve o canto
Dos pássaros, o sabiá laranjeira fugiu
Para onde não se sabe, até que o homem
Acabe de criar seus deuses...
Busca-se sonho onde nada existe
E persiste à ignorância voraz
Do homem moderno, sabendo
Que sem amor a vida existirá jamais
Retorna-se ao passado lá está a natureza
Intacta de onde o amor foi varrido
Pergunta-se ao homem moderno
Se dos feitos dos nossos ancestrais,
Ao menos poluída teremos para beber.