Feitos de amor

Pedras sobre o chão, àrvores dispersas

Leitos secos e fendidos

Amor em aluvião, somente as guerras

O homem tem defendido.

Longe, muito longe se ouve o canto

Dos pássaros, o sabiá laranjeira fugiu

Para onde não se sabe, até que o homem

Acabe de criar seus deuses...

Busca-se sonho onde nada existe

E persiste à ignorância voraz

Do homem moderno, sabendo

Que sem amor a vida existirá jamais

Retorna-se ao passado lá está a natureza

Intacta de onde o amor foi varrido

Pergunta-se ao homem moderno

Se dos feitos dos nossos ancestrais,

Ao menos poluída teremos para beber.

R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 09/07/2007
Reeditado em 09/07/2007
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