Saudade, palavra agridoce da dor

Oh Saudade! Eu tentei tanto

Esconder de ti na melancolia

E ainda te revelas no meu pranto

E na angústia de minha poesia

É de um alguém, um lugar

Se afirmar, estarei a mentir

Se minto é pra me preservar

Se tu vens, rendo-te no sentir

Se povoada está a minha nostalgia

Nas palavras gosto de amarga aflição

Frouxo estão os ponteiros da fantasia

Que ritmam os temperos do coração

É vazio cheio sem que se possa ver

Solidão da alma no pleno amor

Grito na escuridão sem comover

Saudade, palavra agridoce da dor...

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado

04/05/2011, 01’33” – Rio de Janeiro, RJ

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 15/03/2016
Reeditado em 01/11/2019
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