Saudade, palavra agridoce da dor
Oh Saudade! Eu tentei tanto
Esconder de ti na melancolia
E ainda te revelas no meu pranto
E na angústia de minha poesia
É de um alguém, um lugar
Se afirmar, estarei a mentir
Se minto é pra me preservar
Se tu vens, rendo-te no sentir
Se povoada está a minha nostalgia
Nas palavras gosto de amarga aflição
Frouxo estão os ponteiros da fantasia
Que ritmam os temperos do coração
É vazio cheio sem que se possa ver
Solidão da alma no pleno amor
Grito na escuridão sem comover
Saudade, palavra agridoce da dor...
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
04/05/2011, 01’33” – Rio de Janeiro, RJ