Ave de rapina

Oh, amada minha! Sua ausência me esvai

Sem ti, não tenho estímulos para viver

Pois seus olhos são tudo que enxergo

Seu suor e lágrimas, tudo que eu bebo

E sua pele e longos cabelos, tudo que me aquece

Seu passado e futuro, tudo que eu lembro

Seu presente, a única coisa que me presenteia

Oh, amada, fonte de todas as fontes

Mulher de todas as mulheres

Homem de todos os homens!

Saibas que sua fala é minha língua, e sua língua, tudo que falo

Sem seus lábios os meus beijos se evaporam

E sem seus seios e curvas, meu orgasmo se oculta

Saibas também que sem seu cérebro, meus pensamentos se tornam pérfidos;

Seu sorriso é o Sol que me orbita!

Seu sopro doce e quente é o ar que respiro

Meus sonhos se encontram apenas em seus sonos

Suas páginas em branco são onde escreverei meu livro

Tudo que és em mim, sou

Lascivo de minha dor

Guardiã de meus segredos

Trúfula de minha colina

Minha montanhosa ave de rapina!

Seus anos são meu tempo, e seu abraço, meu templo

Já não percebes, amada minha, que és tudo que tenho?

Kaio Supras
Enviado por Kaio Supras em 12/03/2016
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