Sóbrias.

Nesta delicada morfina aplicada,

Pois em meus lábios -tua boca candeia-

Cosendo minha língua áspera.

Martirizo teus gozos, em néctar.

Roçando minha pele como éter!

Enchendo-te de glórias insanas,

Sobre minha alma, que te transpira.

Propagando ose no teu corpo.

Prendendo-te, n'um felô descabido,

Buscando-te, nas noites, como rainha!

Sou em paixão teus gritos pecaminosos.

E nas manhãs como minha sereia,

Na ditante canção do teu espírito.

Brandindo, sobre ti, sóbrias garoas.

Ednaldo Santos
Enviado por Ednaldo Santos em 12/03/2016
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