Saudades de ti, meu doce trovador...

Por onde andarás, meu encanto?
Por onde vagarás, meu doce trovador?
Por que te escondes
Do pulsar intempestivo de minhas palavras;
Por que não estás aqui para conter
O compulsivo soluçar de minhas lágrimas?
Acaso te esquecestes da impaciência,
Que grita, esmurra as paredes do peito
De tua doce e intensa amada?
Acaso, te esquecestes
Da mulher que fizestes tua musa,
Entregastes teu corpo, teus versos,
Confidenciastes segredos, desejos,
Jurastes anseios e toda ternura?
Ah, meu doce poeta, que fazes de tão urgente,
Que ainda não viestes escrever tuas grafias obscenas
Nas linhas sinuosas de meu corpo, aflito de ti?
Que fazes de tão importante que ainda não tivestes tempo
De vorazmente,
Tomar meus lábios entre os versos de tua boca?
Ainda não percebestes que há dias
Só sei me alimentar de tuas poesias?
Que já não consigo disfarçar que tua ausência,
Eleva minhas angustias,

Maltrata-me em demasia?
Não percebestes que te amo?
Se ainda não sabes,

É porque ainda não reparastes nas lágrimas sentidas,
Que revestidas de amor e saudade escorrem
Sem cessar,

Bem do fundo da alma de meus versos e poesias...
Aliesh Santos
Enviado por Aliesh Santos em 07/03/2016
Reeditado em 15/10/2016
Código do texto: T5566516
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