Caprice de Torturas
Se ganhasse uma carona daquelas
que beiram o mar, que rasgam o céu
tentaria as cócegas, espasmos em dedos
colocaria o politeftalato de etileno
ao chão
Seus fluídos lacrimais
tendem a por o ciclo kardecista
em jogo, as ondas, correntezas
muito menos o parque do fogo
estariam sem turistas
O endereço não era tão longe
mas trocaria os meus ossos
ou mudaria alguns botões
pra irmãs estarem bem longe, pro Japão
Então o teatro grego
as filarmônicas ações de guarda chuva
em sonetos, Caprice de torturas
as pálpebras recebem mares
Batimentos cardíacos
o desfoque de mil degraus
vejo bandeiras, vejo um gorila
depois formigas, o vento
outros o vinho.