AMOR, COMO MATAR-TE?
Amor da minha vida, como matar-te?
Você é vida a irradiar mansamente
A tranquilidade da bruma refletida
Em dança cósmica pelos raios do Sol
A beleza noturna e o saltitante amanhecer
Com passos urgentes, veementes
Um poema, meu lema de paz, refaz minha vida
No despertar dos sentidos, um caminhar espetacular
Onde olhos fazem mirar e abençoar
Os invernos singelos na união de nossas mãos
Cadeias generosas,íntimas na cumplicidade
Doadoras de afagos explícitos
Em cenas sem censuras, e, com lisura
Acaricia os olhos meus, tão ávidos
No casebre romã de Afrodite!
Matar-te jamais, tampouco teria coragem
Ou seria covarde cortando a corda com canivete afiado
Sendo insana e deixando-te em segundo plano
Sem engano, cultivo a semente, enraízo-me com pequena poda
Vais crescendo dentro de mim, e, absoluta viro a rara flor
Fortalecida pelo Sol e enamorada pela Lua
Conjugando feliz o verbo amar!