NOITE ADENTRO
Oh! Grito oculto e inútil no silencio da longa noite que expande
as horas nas paredes
Seus minutos são vestes transparentes de minha frágil nudez
em que me escondo das fúrias e insensatez
Oh, noite! No teu silencio cheio de ruídos antigos
a ensurdecer o coração
minha alma anda de um lado para o outro
no cansaço da busca por tréguas para os conflitos do espírito
que, assombrado por lembranças em trapos,
quer a janela sem as grades dos arrependimentos
de uma história distante nos primórdios de um amor
que morreu sem dar o último suspiro
E sem que viva, ainda lateja
para que eu não esqueça
que ainda vivo!