NOITE ADENTRO

Oh! Grito oculto e inútil no silencio da longa noite que expande

as horas nas paredes

Seus minutos são vestes transparentes de minha frágil nudez

em que me escondo das fúrias e insensatez

Oh, noite! No teu silencio cheio de ruídos antigos

a ensurdecer o coração

minha alma anda de um lado para o outro

no cansaço da busca por tréguas para os conflitos do espírito

que, assombrado por lembranças em trapos,

quer a janela sem as grades dos arrependimentos

de uma história distante nos primórdios de um amor

que morreu sem dar o último suspiro

E sem que viva, ainda lateja

para que eu não esqueça

que ainda vivo!

suzete piovesan
Enviado por suzete piovesan em 01/03/2016
Reeditado em 15/04/2016
Código do texto: T5560153
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