Procura
Procura
Quantas vezes vagaram pela escuridão da vida?
Pelos becos da alma a sua procura?
Sede, saudade loucura.
Cálice da paixão!
Quantas noites mal dormidas nos abraços insólitos do vento?
E a lua sobre a deserta avenida!
Quantas noites?
Quantos dias?
Se na antítese do coração céu e mar se fundem originando o mito saudade.
Saudade de ti, saudade do seu cheiro, do seu gosto, do seu toque, do seu som.
Saudades sem limites.
Saudade tão somente saudade.
Quantas vezes cavalgaram na noite, na esperança de reencontrar o seu galope?
Que por um instante apenas me agarrar a seus cabelos, sem receios sem apelos!
Quantas vezes sussurraram o seu nome pelas planícies do meu ser?
Quantas vezes seus passos se perderam na imensidão da minha alma pagã?
Reflexo da vida na dureza da lida.
Minhas mãos meus abraços esperança desvalida.
Quantas vezes a vi chegar?
Quantas vezes a vi partir, sobre os acordes do meu coração?
Saudades suas minha amada!
Quantas vezes?
Sob os olhos tímidos e tênues da lua
Sob o sol que banham meus pés descalços,
Na calçada hei de te esperar?
Até que os portões da vida se encerrem sobre os meus ombros.
Quantas vezes?
Hei de suspirar seu nome?
Amantino Silva 11/12/2008