CHOVE
Os trovões brincam no céu
Os relâmpagos fazem escarcéu
Assustando os animais
Com atitudes anormais.
Na cortina d’água vejo tua imagem
Sei que é simplesmente miragem
Talvez seja um trágico fim
Uma mudança de atitude enfim.
Um sentimento tão forte assim
Não posso esconder dentro de mim
Eu não te peço uma oportunidade
Curto agora o cheiro de umidade.
Parado eu fico. Apenas chove
Nada neste mundo se move
Sem a intervenção do amor
Destroços de um paraíso sem cor.
Entre a realidade e o delírio
A cegueira e o colírio
Apenas a ponte que liga
Meu espírito a chuva amiga.
É chove forte lá fora
Sozinho eu estou agora
Pensamentos imperfeitos
Desejos levianos, desfeitos.
Autor: Antonio dos Anjos
14 de fevereiro de 2011