Nascente.

Sob a sombra que têm minha alma,

Ó anjo, que em minha face demanda,

Toda lida, neste lago taciturno.

Fundo é o céu sobre o inferno.

Pois testemunha tua carne viva,

Tua pele se abre toda manhã,

Derramando o meu sangue nos confins.

E me leva ao espírito nascente.

Na breve dosa harpa branca;

Onde deponho toda minha glória!"

Num emente, cântico do meu ser.

Sob o antro da vaidade promíscua,

Soa ar, e sente tuas lágrimas.

Tempo, que por meus lábios, desflora.

Ednaldo Santos
Enviado por Ednaldo Santos em 25/02/2016
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