SOB MEDIDA

Desejo uma paixão
Sem anos sessenta
Ou setenta
Sem cor ou cara
“lenço ou documento”
Sem moto possante
Guitarra ou revolução

Uma paixão daquelas
Permitida ou proibida
De taquicardia
Que afrouxe as pernas
Que viva e morra em mim
Que viva e morra nela
E borre tudo de batom

Para depois então
Andar por ai
Tropeçando em sonhos
Feliz
Meio vivo, meio bobo