ENTRE NÓS, MURO DE BERLIM

Te perdi, me perdi,

triste blecaute...

entre nós; muro de Berlim

Um terço de nocaute...

Meras segundas-feiras,

pensamento positivo, ela volta,

meu coração? Só incertezas...

só eu e as dúvidas, e agora?

Vou ligar, melhor não,

o pedido de tempo... veio via orelhão,

moramos tão longe,

cidade e sertão em romance.

Maçante internet discada,

só tortura e incita a raiva.

chave na ignição, ar puro na estrada,

banho de açude, alma revigorada.

Bato na porta da sua casa,

ansioso, normal, diante da amada,

o que vi, fez cair lágrimas...

nos braços de outro, estava sendo beijada.

Lembrei de Otelo e Desdêmona,

descartei a tragédia, adotei o drama,

engoli a estabanada ira,

melhor que acabar com quatro vidas...

Não há pactos entre homens e covardes,

perfurante a dor da verdade!

O tempo pedido, foi bem aproveitado.

R.F.R. 32, vulgo palhaço!

Rosemberg Reis
Enviado por Rosemberg Reis em 22/02/2016
Reeditado em 22/02/2016
Código do texto: T5551928
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