ENTRE NÓS, MURO DE BERLIM
Te perdi, me perdi,
triste blecaute...
entre nós; muro de Berlim
Um terço de nocaute...
Meras segundas-feiras,
pensamento positivo, ela volta,
meu coração? Só incertezas...
só eu e as dúvidas, e agora?
Vou ligar, melhor não,
o pedido de tempo... veio via orelhão,
moramos tão longe,
cidade e sertão em romance.
Maçante internet discada,
só tortura e incita a raiva.
chave na ignição, ar puro na estrada,
banho de açude, alma revigorada.
Bato na porta da sua casa,
ansioso, normal, diante da amada,
o que vi, fez cair lágrimas...
nos braços de outro, estava sendo beijada.
Lembrei de Otelo e Desdêmona,
descartei a tragédia, adotei o drama,
engoli a estabanada ira,
melhor que acabar com quatro vidas...
Não há pactos entre homens e covardes,
perfurante a dor da verdade!
O tempo pedido, foi bem aproveitado.
R.F.R. 32, vulgo palhaço!