Tênue desatino
Olhar fixado na imagem do café
Tentando sobrepor o teu sumiço repentino
Que se faz em minha imaginação…
Sumiço? Pelo sim e pelo não
O meu devaneio, obsessão
É tênue desatino
É medo, ciúme, descontrole discreto da emoção.
A imagem do café agora frio
Se fez meio da minha distração
Se vai a implicância, e fica o sentimento
Te vejo numa xícara,
Te sinto em minha pele, pelos, poros
Corpo, alma e coração
Você e as lembranças de nós “num café”
Minha mais contente relação…
E sorrio… rio… mar…
Eu falo palavras soltas
Até esqueço o que falar
Te vejo no café e esqueço
Do mundo a mim alheio
Do teu curto sumiço
Do meu pequeno drama
Do meu desconfiar
E falo palavras soltas
Já não sei me concentrar
Já não aguento essa saudade
Quero arrumar as malas
(Agora)
E voltar…
(Correndo)
Decifrar em teu ouvido
Algumas palavras soltas
“ Gosto do nosso jeito de amar…”