Eu queria que fosse junho.
Para dar presentes.
Daria para ela um buque de flores roxas,
Ou quase lilases.
Tomaria emprestada a voz de Jessé
E cantaria Porto Solidão,
De todo o meu coração.
Eu a levaria de mãos dadas
Numa tarde ensolarada
Para não fazer quase nada
E comer algodão doce.
E mesmo que fosse cedo ainda
Eu lhe daria aquele beijo que nunca termina,
E lhe diria, “menina, eu te amo”.
E quando chegasse a noite
Prepararia o seu jantar,
Simples, como o seu gosto,
Mas com sabor de mar.
Depois, quando as estrelas se abrissem
Como flores no firmamento,
Pediria a Deus que a madrugada
Fosse toda de minha amada,
Até o eterno amanhecer...
 
 
 
 
MARIO SERGIO SOUZA ANDRADE
Enviado por MARIO SERGIO SOUZA ANDRADE em 21/02/2016
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