Vago obscuro
em versos disconectos
talvez não tão belos como merece a arte
há o inverso de uma parte...

Uma parte tranquila em amar
mas do lado de cá visto é o desapontamento
um sentimento choroso de quem admira o mar...

e fosse eu declarar desejos
esses ainda seriam filhos do medo
pois a felicidade é do destino funéreo de um cortejo...

os caminhos que recebem meus passos
são tão largos e pedregosos quanto aqueles distantes
não há longo tempo e nem curtos instantes...

Quem sabe só não saiba esperar
como a uvá esquecida na parreira
na chuva e no sol vivendo o destino de secar

Não é difícil me por em estado de não lamentar
nunca foi laborioso cair e levantar
esse ato é só mais um ato ensaiado desse grande teatro

Minha poesia parece morta
e eu vivo as horas póstumas
de quem com ela não morreu

Sim, agora, esse sou eu!

no que se refere a esse gélido instante
onde me sinto traída pelos oráculos e amigos de minha vida
há uma certeza em minha poesia:

Vivo é aquele que possui a consciência
independente se é portador de uma alma
no vasto vago obscuro da existência!

E por isso zombo da beleza desse amor
pois mesmo em dor eu sou a parte maior
a parte que sem medo não teme o pior

E no mundo os meus olhos
na luz da estrela brilham 
é minha voz que pode tornar-se brado
pois a coragem de despir armaduras
é o bem maior de todo revolucinário!

"Minha poesia renascerá como a flor da primavera que não morreu
pois "mercenário" não conjuga com o "sou" do verbo do meu "eu"

L.T
Noah Aaron Thoreserc
Enviado por Noah Aaron Thoreserc em 21/02/2016
Reeditado em 21/02/2016
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