VAZIO

E o vento me atiça!

sou haste, sou madeiro,

Sou pano, sou flâmula,

Sou bandeira em riste

Desenhando tuas cores,

Traçando teus limites,

Teus domínios, teu terreiro.

E a fundidade de tudo

Me funde, me confunde.

Sou astrolábio ultrapassado

Tentando decifrar longitudes

De tuas estrelas silentes,

No horizonte de minha boca.

Sou vazio etéreo, eterno,

Siderado por tuas ausências

Paulo Pazz
Enviado por Paulo Pazz em 18/02/2016
Código do texto: T5547407
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