VAZIO
E o vento me atiça!
sou haste, sou madeiro,
Sou pano, sou flâmula,
Sou bandeira em riste
Desenhando tuas cores,
Traçando teus limites,
Teus domínios, teu terreiro.
E a fundidade de tudo
Me funde, me confunde.
Sou astrolábio ultrapassado
Tentando decifrar longitudes
De tuas estrelas silentes,
No horizonte de minha boca.
Sou vazio etéreo, eterno,
Siderado por tuas ausências