O pouso da ave

Vens de longe eu sei,

em único voo de chegada

ó ave rara,

desfazendo o caminho trazedor

e por amor , bem sei,

não mais voltar.

Vens em surdo e manso vôo/ brisa.

Antes, ventania/ tempestade, hoje calmaria.

E, sendo tu quase ave minha, voaste.

Vens em meu coração pousar

e me amar...

tu vens sim, ó ave santa,

linda e mansa.

Vens de tão longe, eu sei,

altiva e bela ave rara

qual nuvem branca do céu, lua tão clara,

só para me ver e encantar meus sonhos

Vens de muito além de ti

e ao meu amor sentir,

almiscarado voo brando

caçando minh'alma.

Vem meu amor,

ama-me do céu ao chão,

e em qualquer estrada

porque, por ciúme e por amor,

dar-te-ei abrigo

e quebrar-te-ei as asas,

ó ave rara...

vem...,fica!