O AMOR QUE ME É DADO
"O AMOR QUE ME É DADO"
Sem palavras para sofrer;
Sem palavras para doer,
Os desamparos do extremo
Reparo dos ensejos
De palavras sem tropeço,
Trópicos de lua
Que não me metem mais medo!
Pluma em retirada,
Passos de enfermo,
Não mais lutei,
Que não,
Por mim mesmo!
Rua que viva a um céu seco
Eu terreno,
Sou prêmio!
sonho ingrato,
Meio crasso,
Senhor de procura,
Tão dura nuca,
Que natural é muitas
Onde a fúria não se revela,
nula...
Como a súplica de um sentimento
Sem vento o calor se dá,
ferrenho,
Toma a mim de ti por inteiro
Morte e um centeio
Eu morri...
Como flores vendidas
Por quem lhes chama por forrasteiro
Enpernecidas,
Pelo sabor de seus canteiros
De onde o beijo se deprecia
Em despedida da companhia
Que se perdeu de um amor primeiro
Efeito de jardineiro,
As flores se arrepiam
Piam os medos
Averiguam ser companheiros
De todos que demais se dão conselhos
...E dos que se distraem demais pois do amor os enaltece serenos,
Frívolas aprendizagens!
O amor é o amor em seu sossego
Eu morto pela saudade
Que retrai o amor
Que será mais que verdadeiro,
O amor que é dado.