O POEMA DE MINHA VIDA . . .
minha alma viajou;
voou triste de mim;
ganhou caminhos;
ultrapassou fronteiras;
passeou nos confins;
venceu escuridão,
visão, "cegueira" e luz,
embargados em tantos
encontros de quimeras,
perdidos em estações
e esperas de vagões
aconchegantes, mas vazios;
não quero embarcar
sem rota nem destino,
no último dos trens,
nem na derradeira
e mais triste das jornadas...
vou descer na estação Felicidade
e vou correr, desafiando o vento...
e de braços abertos
e olhos espertos, vou correr
para o ponto onde você estiver...
-- chorando -- e com alegria,
eu e minha alma vamos correr,
de braços abertos, sim,
mas para deixar de sonhar...
só correr, sentir, voar, sorrir, viver
apenas pelo prazer desse encontro,
e nesse encontro, primeiro e definitivo
finalmente abraçar e me juntar a você..
(Tadeu Paulo – 2007)