Em Lágrimas

Tudo se encaminha para
O teu já previsto fim
Uma imagem ausente do Teu
Ser, não esperava, amo você.
 
Interminável prosa
É desumano salvar a vida
De quem dela desistiu
Deixa findar o que é vil
 
Se em lágrimas escrevo
É porque em lagrimas morri
É porque já não te vejo
É porque já desisti
 
Solte a folha da árvore
Liberte-a por favor
Deixe que o vento a leve
Que pereça sem dor
 
Quebre a barragem
Deixe a agua partir
Não lute por esta vida
Ela não quer existir
 
Não mostre outros braços
Outros abraços, lábios
Corpos, enfim, outros
Não! O coração não aceita
 
A alma já em fragmentos
Se desfaz de alimento
Por beijar outros lábios
Sentir outro corpo
 
Ao uso e fruto, recusa
“O amor é tão forte
Como a morte”, a morte 
Agora é a única sorte.