O enigma da primeira flecha (Caris Garcia)
O enigma da primeira flecha
(Caris Garcia)
E talhado em uma árvore milenar, o aviso aos viajantes:
"...Derramo aqui, na extensão do caos organizado
A percepção extra-sensorial
de sentidos não explorados...
Toque sem tocar...
Veja sem olhar...Sinta...
Ampliem vossos braços..."
...Entregue aos braços de Morpheu...
Serpentes translúcidas em fluídicas luzes
ouvindo o universo de Galileu
as previsões do candelabro... Abuse!
Acalentam o caminho revestido de sutis frequências
onde Grian nos dá boas vindas...
Hortênsias multicores liberam suas essências
A liberdade solta que com a natureza brinda
Ouça meu canto, a melodia muda...
que chega em correntezas oceânicas não exploradas
Libertando camadas... Lilith nos saúda...
nas profundezas das consciências elevadas
Ciclos intermináveis e enigmas tão densos
atendendo de prontidão ao meu chamado
volto a existir em outros planos e penso
lanço nas brisas as ondas em tom rosado
com o poder que só os que transcendem os sentidos
poderiam um dia compreender a terça parte
aprofundar-se-iam rumo ao desconhecido
ao entrar no mundo das infinitas artes...
Mesmo com 108 flechas voando em minha direção
Vejo que o vazio não existe
Aprofundo os ensaios sobre a visão
Se vou continuar ? Assiste...
Mergulhando nos portais dos segundos
Ouço o diálogo de Diderot e o cego
Pela boca de um louco moribundo...
...É nestes teus milagres que trafego...
Exércitos contra.... Um tom tão desafiador
Temos o mesmo fluído inatingível e primitivo...
De origem tão remota... Maior até que o amor...
Impossível se contabilizar algo tão explosivo...
Tu carregas a minha força, minha cura...
E até para seus disparates mais sombrios
Entrego meu enigmático sorriso de travessura
Somos um tronco único...Só a ti me confidencio
O cansaço e a dor são apenas distrações
De que serventia mais teriam?
Lágrimas? Adiantariam...?
Guarde a saudade para findar no rio das emoções.
O segredo da esfinge permanece guardado
Armazenando suavidade para nosso futuro
Nosso encontro nas ruas de El Dorado...
Eu e você... O ritual mais puro...
Por fim quando desdenhosamente
Atrevo me a olhar anjos caídos
E estrelas cadentes de elos perdidos...
Ainda assim vejo você... Sol onipotente...
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https://www.youtube.com/watch?v=AJtDXIazrMo