Infelicidade
Infelicidade existe?
Claro que existe! Induz os poetas,
o meio deles de emocionar multidões,
inspiração que persiste emocionando corações!
Há séculos serviu de inspiração ao infeliz, Tolstói,
obras muitas delas abordando momentos infelizes,
mas se o poeta insiste em mostrar a infelicidade,
ele também persiste nesta corrida louca insistente,
de mostrar que existe a bondade que traz a felicidade,
existe uns seres que não deveriam sofrer,
o ser criança que na sua mente cheia de fantasias,
pudesse caminhar por esse mundo sem infeliz ser,
sim, eu observava o menino que caminhava cabisbaixo,
seu semblante demonstrava claramente que triste estava,
a miséria, o assolava, deixou-o até caído no chão,
mas a pobreza ainda era o de menos mesmo que o machucava,
a miséria para ele não era o fim, nesta terra era até comum,
o mundo lá fora desconhecido, mas impossível ser pior,
era aquela constante falta de muito amor, era desolador,
a fome, as agruras provocava machucados intensos
machucava o corpo, o desolava intensamente,
mas o desprezo excessivo machucava no fundo da alma,
o mundo então só era um palco de horror na sua mente,
os humanos que passavam por ele eram indiferentes,
indiferentes na sua dor e de todo seu sofrer,
ah! como aquele pequenino ser estava inerte,
esperava talvez o fim destas tristezas aqui,
depois de um sono profundo, acordaria no outro mundo,
esperava que não houvesse mais tristezas ali,
o menino e o seu sofrer, não era a vida que ele quis,
sim, só a morte é que talvez possa o fazer feliz!
O terror instalou firmemente nas minhas reflexões,
vi que imensidão de crianças sofriam intensamente,
ah! Este mundo insensível maltratando tantos corações,
eu percorri, procurei entender firme mesmo na minha mente,
as tristezas existem, sempre existiram até nos seres pequeninos,
atazanando tudo, por esse mundo à fora trazendo tanta dor,
entendi cheio de felicidade que apesar das tristezas continuarem,
as felicidades virão com vigor tal, porque nunca acabará o amor.