O VENENO DA CACHAÇA
Só me resta chorar baixinho
Perambulando aqui sozinho
Pelas ruas e becos do nada
Sem ter esperança nenhuma
Nem mesmo meu corpo se apruma
Sou já uma carcaça cansada
Um pobre ébrio imprestável
Já fui um poeta notável
Que declamou à platéias imensas
Nunca fui de religiosidade
Sempre procurei a liberdade
Sem ser atrelado a crenças
Minha namorada me deixou
Com outro ébrio escapou
Mas também caiu na desgraça
Vamos unir nossos castigos
E ser para sempre amigos
Na tristeza do veneno da cachaça!
Escrito as 16:18 hrs., de 09/02/2016 por
Nelson Ricardo