IPÊ DA PRAÇA
Aquele banco de madeira,
Debaixo da árvore de flores amarelas,
Não é ipê, nem mesmo sei a qualidade,
Uma destas flores em mim caiu.
Recordei daquele amor,
Entre dois adolescentes.
Um, dizia que tu eras
Uma brilhante flor de ipê,
Desfolhada, caia em teus braços.
Outra, eras ouro, da melhor mina,
Fundido e marcado com o selo de teu coração.
Um amor que não tinha fim,
Nem mesmo o tempo poderia apagar.
Hoje, não mais vejo o casal,
O tempo passou, as lembranças ficaram,
Ali, talvez uma nova flor de ipê
Cairá suave, mas não encontrará o casal,
Que a vida o levou,
Talvez sombras, retratos do passado
Marcarão este dia.