Meu sacrifício.

Dê um caminho para minhas mãos.

Que não seja o seu corpo.

Dê uma meta para meus olhos.

Que não sejam os seus.

Ocupe a minha mente.

Com coisas, que me afastem de você.

Quero apenas deixar.

As flores que eu semeei.

Eu me colocarei a chorar.

Sozinho e em silêncio.

Pois tive que me cortar.

Para drenar o veneno.

E se essa dor alucinante.

Não puder me ajudar.

Deixarei as dores correr.

Até meu coração anestesiar.

Ah, como eu queria.

Poder orquestrar meu coração.

Reger meus batimentos.

Neste ritmo fanfarrão.

Que em teu auge.

Atinge os tons mais graves.

Sempre que ouso.

Imaginar a tua face.

Não possuo nenhum medo.

Nem mesmo receios.

Mesmo longe do teu afago.

Mesmo longe dos teus seios.

Restou um vazio entre meus braços.

Pois, não tenho mais você.

O que mais, me assustaria?

O que mais, posso temer?

Henrique Sanvas
Enviado por Henrique Sanvas em 09/02/2016
Reeditado em 07/09/2020
Código do texto: T5537785
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