CONSTRANGIMENTO

Eu te peço, mais uma vez

Não me cales a poesia

Pois o que me resta, talvez

Seja a esperança de um dia

Fazer-te, em versos, saber

A medida do meu querer

Sei que não  és indiferente

Ao lirismo, às poesias

Não és néscio, és inteligente

Entendes qual a intenção,

A voz do coração!

Sinto, porém, que certas rimas

Deixam-te encabulado

Como se o terreno da fantasia

Não soubesses pisar...

Então tu fojes, constrangido

Como se fosse bandido

Este sentimento

Ou fosse coisa só de momento

Eu te peço, outra vez, eu peço

Fecha os olhos e ouve a canção

Em notas de uma saudade

Que move a emoção

Deixa que a lua ilumine teu olhar

E o sol te aqueça, dourado

Deixa que a poesia vista teu desejo

Que tua boca receba meu beijo

Nos versos desta poesia

Que meu amor te revela, de verdade

Embora em linhas de fantasia!