Chuva de fevereiro

Olhos sedentos.

Tanto sol e divindades,

tanto olhar entre os desejos,

um amor que se entrega por entre

as luzes que enfeitam a feirinha

da cidade.

Olhos sedentos.

Tanta água por vir,

chuva de Fevereiro,

lava-nos a alma, meu Deus,

leva o que é resto

e rega a terra.

Olhos sedentos.

Goles de café,

gaiolas pra quê?!

Pretextos camuflados

em textos entreabertos

que os lábios deixam escapar baixinho.

Flor morena, quanta formosura!

Fim de expediente,

fim de carnaval,

fim de expectativa:

matemos a sede dos olhos,

que já é hora.

Marcos Karan
Enviado por Marcos Karan em 02/02/2016
Código do texto: T5531588
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