LUDIBRIANTE
Quis me iludir
Apaixonada e pueril
Vedei meus olhos
Inebriei-me no amor
Mais fatal que o vinho
Tombei!
E ainda no chão resvalada
Sem muito crer, senti a verdade
E foi tanta, tanta dor...
Era tão bom
Seguir embalada
Na sinfonia maldita
Que um dia alguém tocou
Em notas cítricas de bergamota
Era meu lírio da paz...
Ainda sinto o cheiro
Que me impregnou.
Talvez não mais ilusões
Talvez dizer o sim
Ser como todas são
E sem emoção
Vestirei-me
De senhora
E aceitarei que assim deve ser
Talvez seja essa a hora
Ou então
Seja uma outra forma de morrer.