Á sua mercê
Ah, como me perdi assim?
A intensidade dos seus beijos, a forma que me toca e como ler as minhas verdades através do meu olhar, o silêncio de sua respiração lenta, o calor dos seus carinhos... Estou simplesmente rendida.
Paralisada, apavorada. Perdida em minutos/horas/dias sem saber o que fazer.
Um beijo, apenas isso, e eu me transformei. Como uma criança ganhando um doce. Esse beijo que me conquistou e continua me conquistando dia após dia.
Beijo longo, cheio de promessas e ilusões, beijo suave e selvagem ao mesmo tempo, um beijo que de tão profundo toca a minha alma, e me despe de qualquer receio, qualquer pudor.
Ah, se eu pudesse beijar esses lábios todos os dias.
Não sei mais como esconder, estou tentando parecer impassível, mas você me desmascara, e eu... Ah, pobre de mim. Tantas armas para atacar e nenhuma para se defender.
Eu queria não sentir tanto, e não deixar as emoções aflorar desse jeito, mas isso não parece possível. Não quando você me abraça e desmancha qualquer possibilidade de permanecer indiferente.
E eu sei que isso não é recíproco, sei que não sente tanto a minha falta como eu sinto a sua, e muito menos pensa em mim como eu penso em você. Estou suscetível a dor e angústia de não ser correspondida.
Eu tenho que esperar. Detesto a ideia de ficar aqui olhando pela janela imaginando se você ao menos lembra de mim durante o seu dia e sorri com o canto dos lábios. Mas não há o que se fazer.
Pois é amigo, estou á sua mercê.