Cabernet

Uma taça de vinho preciso

Para neste dia me embriagar

Assim depois de inconsciente chorar

Ouvindo tangos de Carlos Gardel

Sozinho a murmurar

Hoje eu quero sofrer

Para bem logo teus afagos esquecer

Me embriagando com uma garrafa de “Cabernet”

Jogando-me no chão

Aos prantos de tanta desilusão

Parvo homem que sou

Doando-se em um todo

Agora sofre por estar só

Como um mendigo na sarjeta

Mendigando migalhas de tal amor

Daquilo que outrora me era por banquete

Agora sacio-me de qualquer blandicie

Mas o vinho vai acabar

Então outro frasco abrirei

Pois nesta noite juro que te esquecerei

Ed Martins
Enviado por Ed Martins em 29/01/2016
Reeditado em 29/01/2016
Código do texto: T5527289
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