O Vazio e o Amor

Antes do amor chegar como benção

O mundo se fazia inóspito qual o vazio

A casa era residência sem cara de lar

A cara era insistência de um céu sem luar.

As coisas eram feitas de tempo perdido

Os olhares sofriam da não-reciprocidade

As ruas eram saaras de coração consumido

Que não sentiam dores nem nada de verdade.

Éramos invernos plenos pela insegurança

Da cegueira e seu monocromatismo sombrio

Cansávamos de pedir em vão por uma dança

Qual não distinguíamos a mão no viver frio.

Mas o destino acabou por captar algo além

Sob a alienação qual solidão se aumentou

Padeci sobre a influencia dos astros e além

Até que tal sentimento me cumprimentou.

(E o vazio já não era percebido por ninguém.)

O Dissecador
Enviado por O Dissecador em 29/01/2016
Código do texto: T5527241
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