Versos pra lua

O mais notívago serei, admirador dos tempos

Admirador da nova lua que tem sede

e que bebe do meus cantos

canto o quanto lhe sirvo, o quanto me compreende.

Vendo de longos fios ventosos

há quantidade de vida , num palmo vazio

e que se ergam nervosos

fechando-se com punho frio.

Quão sublime serão os meus borrões maquiados

de tintas em papel fresco

quantos serão os pobres coitados

que uivaram no roxo do escuro.

Mas tem lamúria

e tem rua

e mesmo que predomine a agonia

escrevo versos pra lua.

Robert Ramos
Enviado por Robert Ramos em 28/01/2016
Código do texto: T5526244
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