Dualidade

Entre atos sacros e profanos

Há muitos enganos

O que é santo ou normal?

É dado saber tudo ao ser mortal?

Quem aprende com o desengano?

Quem aspira o que é divino?

O amor é puro ou insano?

Tão dual é o ser humano!

Parecemos sorrir da nossa dor

Se não conforta-nos o amor

Pior seria não vivê-lo

Prostrar-se à solidão é desmantelo

O que é santo não é pecador

E se peca por amor?

Amor não é divindade?

Divino é encontrar felicidade

Feliz daquele que alcança

A sabedoria da arca da aliança

Como não trazer-te na lembrança

Se teu sorriso me traz tanta bonança?

Se o espírito quer a bem-aventurança

E a alma precisa de experiência

Do divino o homem tem a semelhança

Experimentar faz parte da sobrevivência

Insano é dizer que sou anormal

Amar-te tanto chega a ser imoral

Se amar torna-me imortal

Tocar-te é ato sacramental

Não quero desmotivar teu sonho

Nem profanar teu templo

Se meu amor por ti torna-te risonho

Seja mais um insano enquanto é tempo

Rosilda Pessoa
Enviado por Rosilda Pessoa em 26/01/2016
Reeditado em 05/02/2016
Código do texto: T5523715
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