Papel ão

coração

Assemelha-se ao um papel

Frágil, em branco e as vezes manchado

Se a mão for leve

A vida leva

No ritmo bom

A caneta e sua tinta

Pode escrever

às mais belas histórias de amor

Mas um erro que for

Ou o peso da mão

Perfura-lhe como papelão

A fragilidade

É imensa

Mesmo que bela for a carta

Mesmo que cole ou passe borracha

Os rascunhos não serão mais os mesmos

E depois

De tanto asseios

Ele volta para dentro

Ficar caladinho batendo no peito.

Werley Gil