No Silêncio da Vergonha

Diante do insólito observar do seu rosto

Que cada minuto vigorosamente gastava

Cingia a necessidade de saber teu gosto

Que só a singeleza da chuva lhe laureava.

A natureza era minha sócia pela tua luz

Já que a vontade em ti não se consumava

O amor que no silêncio se torna uma cruz

Que dana a alma que no vazio repousava.

Até que fora até o encontro do teu peito

Nesta causa interior da minha vergonha

Que percebi que estava num terminal leito.

Foi quando a vida não me foi mais risonha

E a tristeza se tornou um futuro imperfeito

E a estrada a seguir se tornava enfadonha.

O Dissecador
Enviado por O Dissecador em 26/01/2016
Código do texto: T5523338
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