Faleço.

Por este teu sangue me faleço,

Minha alma cai na indecisão,

Sendo, os céus, ao lodo da terra,

Desnudo como as florestas negras.

Subo de cais em noite desmerecida,

Envaideço a morte imatura,

Com teus lábios em minha confissão.

Das horas, de quem sois, meu pormenor!

Belos os lírios se vão no instante,

Nesta linha o meu corpo carente,

Unindo minha pele com a sua.

Alveja, os meus prantos torvelinhos,

Iguais entre as sombras desiguais.

Encontrando-te sobre minha alma.

Ednaldo Santos
Enviado por Ednaldo Santos em 23/01/2016
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