Confesso
Quando escrevo meus versos
simples, bobos, modestos
para descrever por ela o meu amor,
confesso!
Queria ter a inspiração dos poetas,
que escrevem os mais belos
versos de amor
e sublinham, neles, a dor
de amar e não ter,
em seus braços,
a amada donzela!
Oh, sim! Queria ter a sensibilidade dos sublimes poetas,
que deixam as palavras guiarem suas mãos
e vão dando vida aos versos no tecido do poema,
externando os sentimentos com habilidade extrema
e desnudando, em palavras, o amor do coração
Mas ainda que eu tivesse
toda a maestria dos poetas
toda habilidade com as palavras
Ainda assim, confesso que não saberia,
com a mais bela poesia,
expressar o meu amor por ela.