Em uma tarde
De longínquos tempos
Uma semente de paixão
 Foi plantada num coração...
Ali brotou com vigor
Teve galhos viçosos
Bem florida ficou:
Era o amor!
 
O gracioso arbusto
Não foi cuidado
E, bem maltratado
Sem a mais leve brisa
Ao sol secou...
Efêmera vida
 
Na terra do coração
A semente adormeceu
Tornou-se ausente
 (parecia pra  sempre)
 
Nas voltas
Do relógio do tempo
Eis que surge
Renovado vento
A semente brotada
Parecia encantada
Deu folhas,flores
Até alguns frutos...
Julgou-se amada
 
Mais uma vez
Houve falta de zelo
Pois há gente que nasce
Para receber
Jamais se doar
Sabe plantar
Só não sabe  proteger
Muito menos cultivar...
 
E a plantinha minguou
 Secou de vez a raiz
Pôde até ser arrancada
Sem deixar cicatriz
 
A vida seguiu seu ritmo
Sem despedida ou canção
Com  a mais leve lembrança
Do que poderia ser tudo
Mas esvaiu-se na poeira
Do mundo da imaginação
22/01/2016
 
Jô Tauil
Enviado por Jô Tauil em 22/01/2016
Reeditado em 22/01/2016
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